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INÍCIO EM MARÇO DE 2018

EGRÉGORA

A palavra “Egrégora” não existe na língua portuguesa é um termo grego (egregorein), que significa velar, vigiar.

 

O abade francês Alphonse Louis Constant traduziu o seu nome para o hebraico com o qual escondia-se por detrás do pseudônimo "Éliphas Lévi Zahed", com o qual ele publicava seus livros. Ele fez isso para aparentar ser um hebreu fazendo as pessoas o relacionarem com outros cabalistas famosos de sua época.

 

Em 1893 ele se apropria dessa palavra grega e traz para o ocultismo, com uma tradução tirada de sua imaginação fértil, ele dizia que egrégora significa "ser vivo". Chegou muitas vezes a afirmar que egrégoras seriam deuses menores. Outras vezes ele dizia que egrégora é uma consciência coletiva de um grupo, mas dotada de personalidade, uma espécie de entidade viva, que ele dizia conseguir escravizar para fazer o que ele desejasse.

 

Não precisa dizer que morreu louco, contudo não estou aqui para dizer se isso é válido ou não. Apenas para contextualizar de onde esse termo surgiu e quem o "criou" (se apropriou). Até meados dos anos 1970, nenhum yogi havia tido contato com o seu significado, ou sequer se referia a esse termo dentro do yoga, ganhou muita força com alguns yoginas ocultistas e magistas, muitos deles vindo a ficar famosos no meio do yoga no Brasil.

 

Mas certamente não é um termo de yoga, ou sequer deveria ser usado por quem faz. Até porque, muitos usam inadvertidamente sem saber o real sentido é acabam por produzir bizarrices inadequadas, no mínimo risíveis.

 

Os termos mais adequados para falar sobre a força do grupo já existem em sânscrito mesmo, saṅgha significa associação ou grupo. Também tem o termo saṅga que significa união ou juntando-se.

 

Quer parecer inteligente, não precisa utilizar a palavra egrégora, pois o yoga já é vasto o suficiente para nos surpreender com coisas incríveis.

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